domingo, 7 de agosto de 2016

Bolsas para tenistas sobram em universidades dos EUA!

Sexta feira, 05 de agosto de 2016.
O sonho de estudar em uma universidade no exterior sempre esteve mais perto dos atletas de esportes como futebol e natação. No entanto, as universidades norte-americanas têm olhado com cada vez mais atenção para os tenistas brasileiros. As bolsas para atletas de tênis, especialmente para mulheres, têm sobrado em algumas universidades dos Estados Unidos da América (EUA).
 Atletas bolsistas. 
Entre as bolsas para atletas, o futebol ainda é o esporte mais procurado, mas outras modalidades também têm aberto portas. Aos 18 anos, com o ensino médio recém-encerrado, a tenista Julianna Bacelar disputava torneios nacionais e internacionais com treinamento dos técnicos Didier Rayon e Gonçalo Fischer e acabou atraindo a atenção de olheiros norte-americanos. “Foram muitos convites, em uma época em que eu estava querendo tentar a carreira de atleta profissional. Mas, chegou uma hora que acendeu aquela vontade de ter uma formação acadêmica também e eu aceitei o desafio”. Julianna uniu o tênis aos estudos para cursar administração financeira na San Jose State University, na California.
“A minha bolsa era de 100%, eu tinha direito a moradia e alimentação. Basicamente o único custo que minha família teve foi de passagens de ida e volta para o EUA. Mas, estando lá não dá para ficar de brincadeira. Você é primeiro estudante, tem que ter notas boas e presença, para depois ser uma atleta, caso contrário você perde a vaga no time principal”, explica a tenista que, já graduada, faz hoje um MBA na mesma universidade e atua como Técnica Auxiliar, convite feito após a conclusão da graduação.

Os convites são feitos para jovens com idade entre 16 e 19 e que encerraram o ensino médio no prazo máximo de 1 ano. O inglês intermediário atende as exigências iniciais. “Basta ter contato com alguma empresa que possa facilitar esse relacionamento ou equipes de treinamento que tenham contatos nos EUA, garantir boas notas na escola, no inglês e bons desempenho nas quadras”, relata.

Atualmente, o time em que Julianna atua como auxiliar só possui atletas internacionais: 4 francesas, 1 belga, 1 suíça e 1 tailandesa. “Temos vagas sobrando para tenistas mulheres e estamos constantemente olhando para as atletas que se encaixam nesse perfil, porém são vagas de alto padrão. Em faculdades menores ou com um nível de tênis um pouco inferior, mas com um nível académico igual ou até melhor que minha faculdade, é possível conseguir 100% de bolsa com maior facilidade”, explica.

Atualmente, os EUA dividem suas universidades em divisões de nível, contando com aproximadamente 200 opções em três divisões diferentes o que aumenta ainda mais as chances de um atleta conquistar uma bolsa. “Estamos apostando nessa geração que está sendo formada nas academias, como a Didier Rayon Tennis Team aqui em Natal, para daqui estar disputando vaga nas universidades americanas. Lá são verdadeiros celeiros de atletas profissionais”, conta Bacelar.

Números
O número de brasileiros estudando em universidades dos Estados Unidos cresceu 78% entre 2013 e 2014, passando de 13.286 para 23.675. Os dados são do relatório anual Open Doors, produzido pelo Instituto de Educação Internacional (IIE, na sigla em inglês). Com esse aumento, o país passou da 10ª para a 6ª posição no ranking de nações que mais enviam universitários aos EUA. Hoje, representa 2,4% do total de estudantes estrangeiros na graduação.

Por Portal No Ar

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