segunda-feira, 1 de julho de 2024

“Nossa meta é colocar o nome do Brasil no topo”, diz atleta potiguar Antônia Silva, da Seleção Brasileira.

Segunda-feira, 1º de julho de 2024.

A potiguar, Antônia Silva (Foto), atleta da Seleção Feminina do Brasil, tem uma trajetória inspiradora que começou no Futsal e a levou a atuar em um clube europeu e representar o Brasil. Ela é uma jogadora diferenciada, e suas conquistas não são apenas pessoais, mas também representam todas as meninas que sonharam junto com ela, sua família e sua cidade. Ela vai disputar os Jogos da França pela Seleção Brasileira e também se orgulha de ter sido a única potiguar entre as jogadoras e estar no Mundial de 2023, reforçando sua conexão com o público do Rio Grande do Norte. Nesta segunda-feira (1) estará em Natal e vai cumprir agenda na Arena das Dunas.

Você é oriunda do futsal, perseverou no esporte e hoje está atuando em um clube europeu e também joga pela seleção. Como é essa coisa de servir como exemplo para as meninas que estão iniciando no futebol?
Muito feliz por ter começado no futsal. O futsal me proporcionou muitos recursos que percebo dentro de campo, e acredito que isso me torna uma jogadora diferenciada. Quanto ao espelho que sou para outras meninas, sinto-me honrada. Cada conquista que alcanço em minha carreira não é apenas minha, mas também representa todas as meninas que sonharam junto comigo, minha família, minha cidade e meu estado.

Como está essa questão das Olimpíadas na sua cabeça?
As Olimpíadas estão próximas. Encerramos a temporada na Espanha há pouco, e isso me ajuda a estar em boa forma física e ter tempo para descansar. Acredito que o Brasil, com mudanças de treinador e atletas, fará um bom trabalho. Temos atletas capacitadas, e nossa meta é colocar o nome do Brasil no topo.

Estreia nos Jogos já causa alguma ansiedade, afinal faltam menos de um mês?
Com certeza! A ficha ainda não caiu, mas a ansiedade já está presente. Saber que meu nome pode estar lá é um sonho a ser conquistado.

A adaptação da zaga para jogar na lateral foi complicada?
A mudança da zaga para a lateral foi desafiadora, mas o futsal me preparou bem. Gosto de dar uns passinhos no ataque e contribuir com minha versatilidade. Isso tem sido importante para meu crescimento no esporte.

Como você encara o Brasil como sede do próximo Mundial feminino?
A conquista de ter o Mundial no nosso país é algo que pode ser um passo muito importante para o futebol feminino do Brasil. Ao longo dos anos, até chegar lá, espero que tenha algumas mudanças. Existam mais investimentos que levem a sério de verdade o futebol feminino, que possam incentivar as pessoas a gostar mais, a estar presente no estádio. Então é um ponto que pode evoluir muito. Que possam existir mais clubes, que coloquem desde a base até uma estrutura boa no profissional, porque até lá pode ser que surjam outros talentos para o Brasil e que a gente possa ter um resultado muito importante. Então eu acredito que a sede ser no Brasil é um ponto muito importante para a gente e torço que existam evoluções.

Briga de Natal para se tornar sede da Copa novamente, mexe com você de alguma forma?
Sobre ter Natal nessa lista, com certeza é algo que me deixa muito feliz. Eu até cheguei a falar que eu não sei o porquê de Natal não ter entrado antes, né? Porque agora que já foi dado os nomes das demais sedes, eu não sei se existe a possibilidade de mudança ainda. Porque o projeto já foi entregue e foi aprovado com aqueles nomes. Mas, sem dúvida alguma, eu vou estar aí na torcida, daqui ficarei torcendo para nossas autoridades entrarem forte nessa briga..

Como você se sente hoje com uma parte da estrada no futebol já caminhada?
Eu vejo uma Antônia bem realizada, uma Antônia que chega no seu auge tanto físico, como profissional, como de experiência. Eu acredito que é o melhor para o atleta você ter essa experiência junto com a sua melhor forma. Então eu vejo uma Antônia muito completa, que vive o melhor momento do seu futebol. E acredito que tenha sido isso que tenha contribuído para os meus passos, tanto na seleção quanto no clube, de poder evoluir profissionalmente. Mas é uma Antônia que busca mais. Como eu sempre falei, eu quero conquistar, quero fazer minha história tanto na seleção quanto no clube que eu esteja. Então é uma Antônia que, dia a dia, busca evoluir todos os dias.

O fato de servir de espelho para outras jovens te inspira como?
E é isso, acredito que essa inspiração também que eu tenho para as pessoas me faz querer trabalhar, me faz querer mostrar que as coisas são possíveis, independente de onde você saia. Eu saí de uma cidade muito pequena, com as oportunidades que você fala assim, não é possível, mas graças a Deus foi possível de estar onde eu estou. Então eu me sinto assim, não é inspiração, mas é uma coisa que eu levanto e falo assim, não, você pode mais, você tem que trabalhar para servir de exemplo para todas as meninas que querem estar onde você está e é isso que me motiva, né?

Fonte: Tribuna do Norte /Natal

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