Sábado, 20 de abril de 2024.
Campeão paulista de 1934, o Juventus comemora 100 anos de existência neste sábado (20). Fundado por operários do bairro da Mooca, o clube grená coleciona um título paulista além de momentos marcantes em sua jornada centenária.
(Crédito: Arquivo Histórico / Juventus). |
Início tricolor
O dia 20 de abril de 1924 marcou a fundação do atual Juventus. Operários da fábrica de tecidos da família Crespi decidiram manter as cores do Extra São Paulo –vermelho, preto e branco– como as oficiais da nova agremiação. O clube aproveitou a maioria dos jogadores que já gozavam de prestígio nos campos do bairro para formar a sua equipe.
Com o nome de Cotonifício Rodolfo Crespi F.C. e construindo o seu estádio, foi campeão do Campeonato Paulista da Liga Amadora de Foot-Ball 1929, competição organizada pela APEA, a Associação Paulista de Esportes Athleticos, que corresponde ao que seria o Campeonato Paulista da Segunda Divisão atualmente.
Em 1930, o então presidente Rodolfo Crespi, torcedor da Juventus de Turim, da Itália, junto com seu filho Adriano, torcedor da Fiorentina-ITA, rebatizaram o clube como Juventus. No mesmo ano, o jornalista Thomaz Mazzoni, da “A Gazeta”, deu o apelido “Moleque Travesso” ao clube, depois da vitória por 2 a 1 sobre o Corinthians no primeiro campeonato da Divisão Principal do futebol paulista, no ano de 1930.
1934: profissionalismo e título
O ano de 1934 marcou a maior conquista da história do Juventus. O futebol paulista e nacional encontrava-se em transição do amador para o profissionalismo e o Juventus licenciou-se das competições oficiais organizadas pela APEA. Filiado junto à Federação Paulista de Futebol (não é a atual), entidade filiada a CBD – Confederação Brasileira de Desporto, com nome de Fiorentino, o clube tornou-se campeão paulista daquela temporada, único título da elite de sua história.
Na temporada seguinte, já como Juventus, o clube iniciou a sua trajetória no profissionalismo.
(Crédito: Arquivo Histórico / Juventus). |
Estádio e aparição no âmbito nacional
O dia 13 de julho de 1941 ficou marcado pela inauguração do estádio Conde Rodolfo Crespi, a popular Rua Javari. Na ocasião, o Juventus foi superado pelo Corinthians por 3 a 1.
Já na década de 1950, a família Crespi retirou-se da gestão do clube. E com a ‘Lei do Acesso’ instaurada no futebol paulista (1947), o Juventus foi rebaixado pela primeira vez em sua história em 1954, retornando à elite em 1956.
Depois de um longo período sem títulos, em 1983 o Juventus conseguiu o que pode ser considerado um dos maiores triunfos em sua história: a conquista da Série B do Campeonato Brasileiro. Dois anos depois, sagrou-se campeão da Copa São Paulo de Futebol Junior.
Após mais um longo período sem conquistas, o time conseguiu ser campeão do Campeonato Paulista da Série A2 de 2005, ganhando o direito de disputar a Primeira Divisão em 2006. No ano seguinte, conquistou a Copa Federação Paulista de Futebol, porém, em 2008, foi rebaixado na competição estadual e não conseguiu retornar à elite paulista até então. Neste ano, bateu na trave, e chegou às semifinais do Paulistão A2 Sicredi, ficando a um passo de retornar à elite.
Celeiro de craques
Ao longo de sua história, o Juventus revelou nomes de peso para o futebol brasileiro, como Julinho Botelho, que disputou a Copa de 1954 na Suíça; Hércules, que jogou a Copa de 1958 na Suécia, quando o Brasil conquistou seu primeiro título; Lima, que atuou na de 1966 na Inglaterra e o goleiro Félix, presente no tricampeonato de 1970, no México. Fonte: AFI
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