sábado, 14 de maio de 2022

O Brasil já tem a desculpa perfeita se perder a Copa do Catar. A péssima preparação da Seleção de Tite!

Sábado, 14 de maio de 2022.

 Por COSME RÍMOLI | Do R7

A falta de confrontos com equipes europeias é só um ingrediente. O improviso domina a reta final para o Mundial do Catar. Faltando apenas seis meses. Só quatro amistosos confirmados. Três praticamente inúteis. 

A preparação amadora do time de Tite. 

Falta de força política, de habilidade para fugir do calendário imposto pela Uefa, de diplomacia com a dona dos amistosos e derrota para a Argentina na final da Copa América, em pleno Maracanã, se juntam para que o Brasil faça uma das suas piores preparações para um Mundial. 

Pelo planejamento da própria CBF, divulgado em 2021, o mínimo necessário para a equipe, que tenta vencer a Copa do Mundo depois de 20 anos, seriam seis amistosos até a estreia no Catar.

No mínimo. E ainda seriam buscadas seleções que tivessem características das três que estariam no grupo do Brasil, no Mundial.

No dia 1º de abril, Sérvia, Suíça e Camarões foram definidos como os rivais brasileiros, pelo grupo G.

O coordenador da Seleção, Juninho Paulista, estava no sorteio em Doha.

E ouviu de Tite que ele não queria jogos contra times asiáticos, que não estão no grupo do Brasil e têm como especialidade a velocidade. A Seleção enfrentará a força física da Suíça, o bom toque de bola sérvio e a habilidade individual dos camaronenses.

O treinador disse em alto e bom som, inclusive para jornalistas.

Virou um sonho o Brasil jogar contra europeus, campeões das últimas quatro Copas. Com a desculpa da Nation League de que os times do Velho Continente evitam amistosos com o pentacampeão do mundo, Juninho segue não conseguindo confrontos importantes que seriam fundamentais para o destino da Seleção.

Desde a derrota diante da Bélgica, nas quartas da Copa do Mundo, o Brasil só enfrentou a República Theca, como time europeu. Em um período de quatro anos.

Em uma mera comparação, para o Mundial de 2018, a Seleção enfrentou a Rússia, a Alemanha, a Croácia e a Áustria. Todos os jogos em 2018.

Além de sul-coreanos e japoneses, o Brasil só tem duas partidas confirmadas antes da Copa. Em setembro. Contra a Argentina, pelas Eliminatórias, e um jogo surreal contra o México, que não tem característica de nenhuma seleção no grupo brasileiro.

O Brasil jogará contra a Coreia do Sul, dia 2 de junho, às 8 horas da manhã, horário de Brasília. E o Japão, dia 6 de junho, às 7h20.

A terceira partida seria diante da Argentina, dia 11. Só que a AFA não quis o jogo, porque a Fifa obrigou as duas seleções a se enfrentarem pelas Eliminatórias, a disputar a partida interrompida por fiscais da Anvisa. 

Tite queria o Senegal como substituto, que se assemelha em estilo à equipe de Camarões. Aceitava até Marrocos e Copa do Marfim. 

Só que a CBF e a Pitch, dona dos amistosos do Brasil desde 2006, não convenceram nenhuma dessas três equipes africanas. 

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