Terça feira, 1º de março de 2022.
Jogador do Shakhtar,
ex-corintiano desembarca em São Paulo com outros brasileiros e relata drama
após invasão russa ao país
Por Marcelo Braga —
São Paulo
Foi uma manhã de
emoção no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. Jogadores
e profissionais brasileiros do Shakhtar Donetsk e do Dínamo de Kiev, da
Ucrânia, chegaram ao país depois de conseguirem fugir do país, em
guerra com a Rússia desde a semana passada.
Entre eles esteve o meia-atacante Pedrinho, de 23 anos, formado no Corinthians e que está no clube desde junho de 2021. Assustado com o que viveu, diz que ainda não pensa na sequência da carreira. Ele seguiu para Maceió, onde encontrará os pais.
Pedrinho desembarca no Brasil após fugir da guerra na Ucrânia — Foto: Marcelo Braga
- É muito cedo falar
de voltar, tudo aconteceu agora, o que mais quero é estar com a minha família,
com meus pais. Todas as vezes que eu falava com eles, eu sempre me
despedia, pois não sabia se seria a última vez. Então quero chegar em
casa, ficar com a minha filha. Foram cenas lamentáveis e desejo que ninguém
passe por isso - afirmou.
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Pedrinho chegou ao Brasil ao lado de outros companheiros de Shakhtar Donetsk, como Dodô, Fernando e Maycon. Ele explicou como foi a saga para conseguir deixar o país após três dias de isolamento no hotel do clube.
- Ficamos três dias
pensando no que fazer, se pegávamos o trem, carro. Era complicado, tinham
muitas crianças e o que nos motivava era protegê-las. Pegamos um trem no último
dia. Teve um alerta que as coisas iam piorar muito e que se não saíssemos
em cinco minutos não íamos mais conseguir sair. Pegamos um trem, a Uefa
nos ajudou com ônibus, para seguirmos em segurança.
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