Sexta feira, 23 de julho de 2021.
Trata-se da primeira edição adiada da história (de 2020 para 2021) e, provavelmente, a única em que a maioria da população local teme e rejeita as competições.
A cerimônia de abertura da Olimpíada de Tóquio terá início às 8h da manhã (de Brasília) desta sexta-feira (23/07). A TV Globo, o SporTV e o Bandsports vão transmitir o evento.
O Brasil terá apenas quatro representantes no Estádio Olímpico de Tóquio, o número mínimo de atletas e oficiais exigidos pelo COI (Comitê Olímpico Internacional).
Estarão presentes o
chefe da missão e vice-presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Marco La
Porta, a judoca Ketleyn Quadros e o jogador de vôlei Bruninho –ambos
porta-bandeiras da delegação–, além de um oficial administrativo a ser
definido.
O estádio na região de Shinjuku será palco do começo formal de uma Olimpíada sem precedentes: trata-se da primeira edição adiada da história (de 2020 para 2021) e, provavelmente, a única em que a maioria da população local teme e rejeita as competições.
Na véspera da
cerimônia, as ruas da cidade escutam com frequência o som das sirenes de
ambulâncias e o barulho do trânsito, mas parecem surdas aos apelos das
autoridades para que os japoneses recebam os Jogos de braços abertos.
Com a chancela do
imperador Naruhito e diante de poucos chefes de Estado, a festa que dará início
oficial ao evento pretende passar a mensagem de que o esporte pode inspirar e
ajudar o mundo a enfrentar a pandemia de Covid-19 em meio a críticas internas e
externas em torno de sua realização.
O comitê organizador tem dado poucas indicações do roteiro da cerimônia. O que se sabe até agora é que a abertura, cuja duração prevista é de três horas, deve lembrar que a pandemia, ainda pujante em diversas partes do mundo, teve impacto no cotidiano das pessoas e mudou as relações entre elas.
O slogan escolhido
para o evento foi "unidos pela emoção", e a expectativa é a de que a
cerimônia explore a ideia de que Tóquio-2020 pode levar coragem e esperança num
momento difícil, algo que o comitê local tem chamado de "o poder do
esporte".
As arquibancadas do
estádio palco da festa, com capacidade para 68 mil pessoas, estarão vazias
devido à decisão que vetou a presença de público nos espaços das competições.
Poucos chefes de
Estado devem prestigiar o evento. Espera-se a presença de no máximo 30 líderes,
cifra inferior aos cerca de 40 que estiveram no Rio em 2016. A grande estrela
anunciada é a primeira-dama dos EUA, Jill Biden.
O governo brasileiro enviou
como representante do presidente Jair Bolsonaro o ministro da Cidadania, João
Roma, a quem a secretaria especial de Esporte é vinculada.
É em meio a esse
cenário de apreensão e protocolos que o comitê local, dirigido desde fevereiro
por Seiko Hashimoto, quer convencer japoneses e estrangeiros que a Olimpíada é
viável e, por que não, necessária. Fonte:
otempo.com.br
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