Terça feira, 30 de março de 2021.
Potiguar, atual
campeão mundial de surfe, está classificado para Tóquio e será primeiro cabeça
de chave; o aquecimento será no retorno do Circuito Mundial, a partir desta
quarta, 31/03.
Por Paulo Roberto
Conde — São Paulo
Ítalo Ferreira, Fernando de Noronha — Foto: Renato Tinoco |
Italo Ferreira
realizará um sonho a partir do dia 23 de julho. Munido de prancha na mão,
bandeira do Brasil no uniforme e uma ideia fixa, ele começará nesta data a
disputar as Olimpíadas de Tóquio, e na condição de favorito - o potiguar será o
cabeça de chave número um do torneio.
A possibilidade de ser
medalhista na edição que marca a estreia do surfe em Jogos Olímpicos mexe com
as aspirações do brasileiro, embora ele não trate o objetivo como obsessão.
- Eu entrego nas mãos
de Deus. Não ponho muita expectativa, não, sempre acho que eu tenho que viver e
aproveitar. Vou te falar que eu lembro das Olimpíadas é mais na hora das
entrevistas, que é quando a galera pergunta sobre. Mas isso é do meu jeito, eu
vou vivendo a cada momento. Acho que o circuito mundial, agora em abril, é o meu
primeiro e meu maior foco neste momento. Aí quando eu estiver próximo de
verdade, quase embarcando para Tóquio, aí eu vou começar a pensar de fato -
afirmou, em entrevista ao ge.
A partir da noite
desta quarta-feira (pelo horário de Brasília), ele disputa a primeira etapa da
perna australiana do circuito mundial de surfe, em Newcastle. Mas o discurso
flutua como se estivesse em um tubo.
Alguns minutos depois da resposta comedida, Italo se despe das ressalvas para avaliar o quanto um eventual pódio olímpico vai pesar em seu já recheado currículo. Além dele, Gabriel Medina é o outro brasileiro já garantido no masculino. No feminino, as representantes do país serão Silvana Lima e Tatiana Weston-Webb.
- Ter a oportunidade,
a chance de disputar as olimpíadas, o surfe, principalmente para mim, é muito
gratificante. Poder levar a bandeira do brasil e ter chances de chegar lá e
conseguir o que eu quero, uma medalha, que é um dos meus sonhos hoje -
confessou.
Foram justamente ele e
Medina que decidiram o título do circuito mundial em 2019 e despontam como
favoritos em Tóquio. Mas o potiguar faz questão de lembrar de outros nomes de
relevo, como o norte-americano John John Florence, bicampeão mundial.
- Ter uma das medalhas
olímpicas na minha mesa, para completar a minha banquinha, é o que eu preciso.
Eu venho trabalhando bastante para isso. Mas, sem dúvida, eu sonho, eu desejo,
eu almejo ter aquilo também. Vai ser histórico se isso acontecer, então acho
que colocar meu nome lá, ter uma medalha de ouro para mim é algo surreal. Só
entrego nas mãos de Deus e deixo as coisas acontecerem - comentou.
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