Terça feira, 16 de fevereiro de 2021.
Da Redação do superesportes.com
Aos 34 anos, o diretor esportivo do Olympique de Marseille, Pablo
Longoria, acumula currículo sólido. Já trabalhou em clubes de quatro países
diferentes da Europa e é fluente em seis idiomas (espanhol, francês, inglês,
italiano, português e alemão). O principal desafio dele no momento é conseguir
convencer o técnico Jorge Sampaoli, do Atlético/MG, a assumir o comando da equipe francesa.Diretor do OM tem o objetivo de contratar Jorge Sampaoli (Foto: AFP)
Longoria é quem
comanda as conversas com o estafe de Sampaoli. O espanhol foi o responsável por
apresentar o plano esportivo do Marseille ao técnico argentino, conforme
adiantou o Superesportes em 4 de fevereiro. Nessa reunião, as
partes mostraram convergência de ideias. Por ora, o clube francês ainda não
confirma o acordo com o treinador, que deve se posicionar sobre o tema após o
término do Campeonato Brasileiro, neste mês de fevereiro.
Uma fonte ouvida pela reportagem informa que "não há outro nome no radar
do Marseille". Em reportagem publicada nessa segunda, o Superesportes explicou
a intenção do OM em reviver com Sampaoli "o amor ao jogo" e a
"obsessão pelo futebol bem jogado" que marcaram o período de Marcelo
Bielsa no time.
Além da boa imagem deixada
por Bielsa na França, Longoria é fã do estilo do técnico argentino. Um ponto
curioso nesta história: um dos conselheiros do início da carreira de Longoria é
o espanhol Victor Orta, hoje diretor de futebol do Leeds, clube
treinado por Bielsa. Amigo de Longoria, Orta é só elogios quando fala do
treinador de Rosário-ARG. "Com jogo eficiente e envolvente, mudou o Leeds
de patamar na Inglaterra".
Longoria foi anunciado pelo OM em julho de 2020. "O futebol é inconcebível
sem paixão. Minhas últimas escolhas foram baseadas na paixão e na história dos
clubes para os quais trabalhei", disse o profissional, natural das Astúrias,
no centro-norte da Espanha, quando foi apresentado pelo clube francês.
"Estou orgulhoso por ter esta grande oportunidade de colocar minhas
habilidades ao serviço de um dos clubes mais históricos do futebol europeu e
francês".
CARREIRA
Aos 21 anos, Longoria já trabalhava com futebol como observador do Newcastle,
da Inglaterra. Diz a lenda que ele assistia a oito jogos por dia. A estrutura
do clube inglês envolvia 30 pessoas e um orçamento de 5 milhões de
euros por temporada (R$ 32,6 milhões) para investimento em tecnologia,
viagens e pagamento de funcionários.Longoria ajudou a recuperar o Valencia no cenário internacional (Foto: Divulgação)
O profissional deixou a Inglaterra para assumir a diretoria do departamento de
assistências do Recreativo de Huelva, da Espanha. Ganhou poder e a
confiança dos principais dirigentes do clube. Aos 24 anos, já demitia e
contratava treinadores, como ocorreu com André Villas- Boas. Português e
espanhol trabalharam juntos no Huelva e no Marseille.
"Conheço bem o Pablo. Ele foi o primeiro diretor desportivo a oferecer-me
a posição de treinador número um no Recreativo Huelva em 2009, quando era
adjunto de Mourinho [no Porto]. Ele tinha 24 anos", disse o treinador
português, que pediu demissão no dia 2 de fevereiro, após desentendimento com a
diretoria do OM.
De dezembro de 2010 a fevereiro de 2018, Longoria trabalhou na Itália. Foi
observador da Atalanta, diretor do Sassuolo e chefscout da Juventus.
Em fevereiro de 2018, assumiu a direção esportiva do Valencia. Na
Andaluzia, ganhou o apelido de "Niño de la Play", por ser fã de videogames
e pelos acertos no mercado de contratações. Ele foi um dos responsáveis pela
recuperação do Valencia no cenário europeu. Depois de alguns atritos, deixou o
clube em setembro de 2019.
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