Sábado, 02 de janeiro de 2021.
Ex-zagueiro não achou correta a atitude do japonês Honda em deixar o clube antes do fim do Brasileirão.
Extremamente
identificado com a torcida do Botafogo, o ex-zagueiro Sandro concedeu
entrevista exclusiva à reportagem da Super Rádio Tupi para
falar sobres diversos assuntos relacionados ao momento da equipe alvinegra,
tanto do ponto de vista esportivo, como do aspecto político.
Campeão
da Série B com o Botafogo no ano de 2003, Sandro analisou a situação do time no
Campeonato Brasileiro desta temporada, fez críticas ao cenário político do
glorioso e como não poderia ser diferente, comentou sobre a saída do japonês Keisuke Honda.
Momento
do Botafogo
“Tenho
acompanhado o campeonato que o Botafogo vem fazendo com muita tristeza. Não só
esse campeonato, como o ano inteiro. Vejo uma falta de profissionalismo muito
grande das pessoas que fizeram o Botafogo em 2020. Contratações de cinco
treinadores, uma desorganização muito grande, salários atrasados. Os jogadores
não têm culpa de terem sido contratados, o grande responsável é quem contrata
sem planejamento. É uma equipe muito mal montada e o torcedor fica sofrendo o
tempo todo. Eu como torcedor fico triste com essa situação que os responsáveis
arrumaram para o clube.”
O
Botafogo conseguirá escapar do rebaixamento?
“Acho
muito difícil que o Botafogo consiga se recuperar, mas vamos torcer para que
possa sair dessa situação. Se por ventura acontecer de cair, tem que fazer um
time de nível Série A, com bons jogadores. Deixar alguns atletas que na minha
opinião tem condições de ficar no clube e buscar alguns reforços de um nível
bom. Se botar no mesmo nível da Série B fica difícil, porque você vai jogar
contra Londrina, Avaí, que são bem menores que o Botafogo, mas que vira o jogo
da vida dos caras, a cidade para. Tem que jogar sempre no limite.”
Saída
de Keisuke Honda
“O
cara veio do futebol japonês com toda uma organização e aí chega aqui e pega um
monte de dirigentes irresponsáveis, que não sabem mexer com futebol e fazem o
que fazem. Vem um ex-presidente como o Montenegro querendo ir pra beira do
gramado colocar o time em campo na Copa do Brasil. Contrata um treinador, com
dez dias tira o treinador que nem chegou a assumir. Tudo isso assusta no lado
profissional. Mas do lado pessoal, ele deveria ir até o final. Ou morrer ou
viver junto com os companheiros, junto com o Botafogo. Ele está vestindo a
camisa do Botafogo, não está vestindo a camisa de dirigentes de futebol. Acho
que ficaria mais bonito pra ele se terminasse. Não foi legal a atitude dele,
mas cada um pensa da sua maneira.”
Clube-empresa
“Pode esquecer essa situação de clube-empresa. Não acredito em clube grande no Brasil virar empresa, pois os dirigentes não deixam. Os viciados do futebol não querem, pois vai acabar a influência deles lá dentro, vai acabar a mamata. O Botafogo e os clubes do Brasil precisam de dirigentes corretos e responsáveis. No Brasil, os caras deixam a dívida pro clube e vai embora pra casa. O conselho que eu dou para o presidente que vai entrar agora é que ele deixe o clube nas mãos de pessoas competentes. Confie no Túlio (Lustosa) e no Lúcio Flávio. Deixe os profissionais do futebol trabalharem.”
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