Sexta feira, 20 de novembro de 2020.
Com os crescentes
casos de covid-19 em grandes clubes brasileiros, uma possível revisão do
protocolo imposto pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a paralisação
do Campeonato
Brasileiro estão sendo especuladas. Apesar do alto número de
infectados em clubes como Atlético-MG, Palmeiras e Santos, nenhuma
das duas situações deve ocorrer.
É o que garante, pelo
menos, o Dr. Jorge Pagura, coordenador médico da CBF. Em entrevista exclusiva
ao programa Gazeta Esportiva, da TV Gazeta, Pagura garantiu a
qualidade do protocolo imposto pela entidade aos clubes.
"No momento não
(pensamos em rever o protocolo). O assunto covid é um assunto muito sério, e a
CBF trata isso com muita seriedade. Nós temos um grupo que se debruçou para
fazer e atualizar os protocolos, dentro de níveis internacionais, com normas do
CDC americano, Organização Pan-Americana de Saúde, Organização Mundial de Saúde
e compartilhado com o Ministério da Saúde. Ele não é aquele que nós fizemos em
março, já teve várias modificações, que ocorrem com bases científicas",
afirmou.
Segundo o coordenador
médico, a CBF tem feito um dos melhores trabalhos possíveis quanto ao combate
ao coronavírus, além de ter realizado uma das maiores testagens do mundo.
"Fizemos um
estudo em que foi feito um corte temporal no final do primeiro turno, que
incluía as Séries A, B, C, D e também os Campeonatos Brasileiros sub-17, sub-20
e aspirantes de futebol masculino. Para se ter uma ideia, foram avaliadas mais
de 160 mil horas de jogo, então é um protocolo sério. E não é avaliado pelo
Pagura, neurocirurgião, e nem por médicos que controlam cada uma das sedes. É
avaliado por um grupo de infectologistas do maior quilate. A CBF fez
seguramente uma das maiores testagens do mundo", disse.
"Nós temos mais 47 mil testes feitos em todas as sedes. Além disso, todas as medidas elencadas e contidas no protocolo que vão garantir o distanciamento, utilizar máscara, usar álcool em gel, tomar cuidado no hotel, cuidado nos embarques nos aeroportos, como fazer para embarcar e não se misturar. A torcida realmente tem aquela ânsia de estar perto dos jogadores. Não é um protocolo em que fizemos a avaliação de dez jogos. Não, são mais de 1.100 jogos. Vamos publicar, inclusive, não só para imprensa, os dados em revistas científicas internacionais, porque é uma contribuição para o mundo", completou.
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