Sábado, 04 de julho de
2020.
Alexandre Canhoni vive
há 18 anos no Níger, país considerado pela ONU como o pior para se viver no
mundo.
Alexandre Canhoni vive há 18 anos no Níger, país considerado pela ONU como o pior para se viver no mundo. Foto: Montagem/Reprodução. |
Há 18 anos, o ex-líder
dos Paquitos no programa “Xou da Xuxa”, Alexandre Canhoni, largou toda uma vida
de conforto que tinha no Brasil para se tornar missionário na África. Hoje,
casado e pai de 19 filhos adotados, além de 13 netos, Xand, como era conhecido
na época de Paquito, se mostra realizado e contente com a escolha que fez.
Em uma entrevista
cedida para revista Quem, o ex-paquito revelou que era bastante egoísta quando
era jovem e estava no auge do sucesso. “Eu vivia o luxo do estrelato.
Frequentava os melhores hotéis e restaurantes, viajava em jatinhos. Não pensava
em ninguém. Até que Jesus mudou isso na minha vida e me deu um coração com amor e
compaixão para ajudar os menos favorecidos”, contou.
Na sequência, Xand
relatou ter iniciado o trabalho missionário no Brasil. No entanto, o desejo de
sair da sua zona de conforto o fez aceitar o desafio de viver em Níger, último
país do ranking de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) no mundo, segundo a
Organização das Nações Unidas (ONU).
“Evidentemente, eu
teria uma vida mais confortável no Brasil se eu estivesse apenas dando
palestras e louvando a Deus como cantor gospel. Mas abri mão de todo luxo
porque queria ajudar crianças, jovens e adolescentes do país mais pobre do
mundo e o Senhor me concedeu esse privilégio de estar no Níger, considerado o
pior país para a pessoa morar no planeta. Hoje, se eu tivesse aquele mesmo
dinheiro que eu tinha e gastava em viagens caras, carros e roupas que nem
usava, investiria mais ainda nos projetos com o próximo”, afirmou Xand.
Atualmente, o
ex-paquito lidera diversos projetos sociais em Níger, que englobam desde
distribuição de cestas básicas ao ensino do evangélio. “Minha casa parece a
prefeitura. São muitos projetos. Temos quatro creches, onze projetos de
nutrição pelas vilas no país, duas escola de costura, nas quais as meninas
ganham o diploma e uma máquina para poder trabalhar. Também fazemos um trabalho
de evangelização na prisão e hospital da capital, onde construímos uma
brinquedoteca, e mantemos uma parceria com uma escola para cegos. Temos ainda
um centro esportivo com seis equipes de futebol para evangelização e trabalhos
com refugiados”, detalha ele para revista.
No início de março,
com a proliferação do novo coronavírus pelo mundo, Xand e a esposa voltaram
para o Brasil com o intuito de angariar recursos para ajudar o combate à
pandemia no Níger. “As pessoas (em Níger) mal têm dinheiro para comida, quem
dirá para máscaras. As ajudas para os projetos também caíram muito nesse
período, mas mesmo assim, conseguimos fazer 600 máscaras para distribuir e
continuamos entregando as cestas básicas” declarou.
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