Domingo, 10 de maio de 2020.
Muito se fala na
retomada gradativa do futebol, das recomendações médicas para evitar a
transmissão do coronavírus, da responsabilidade dos clubes no trabalho diário
para conter justamente a transmissão da doença entre atletas e membros da
comissão técnica, mas pouco tem dito sobre como será possível no âmbito
financeiro a volta dos times, que não tiveram o apoio financeiro da
Confederação Brasileira de Futebol (CBF), aos treinamentos e jogos, quando o
futebol voltar a sua normalidade, mesmo com restrições.
Pedro Cavalcante, presidente do ASSU. Foto: Princesa do Vale FM |
A preocupação foi
revelada pelo presidente do ASSU, Pedro Cavalcante, afirmando que a volta do
seu time às atividades depende principalmente de uma ajuda financeira, pois
caso contrário, a equipe seguirá com o seu departamento de futebol profissional
desativado. “O ASSU tem passado momentos difíceis. O aspecto financeiro tem
sido um dos maiores problemas principalmente depois dessa pandemia. Já havíamos
verificado todas as condições sobre a viabilidade do clube em poder retomar as
atividades, mas não é fácil. Se não tiver um apoio por parte da Federação,
dificilmente a gente terá condições de voltar às atividades”, disse o presidente
Assuense ao Blog. Todos os clubes inseridos em competições promovidas pela CBF
receberam um aporte financeiro da entidade, com valores proporcionais por cada
uma das quatro divisões (series A, B, C e D), por conta da pandemia. No Rio
Grande do Norte, América, ABC, Potiguar e Globo receberam ou irão receber a
quantia de R$ 120 mil. Os quatro irão disputar a Série D deste ano. Quem não
participa de nenhuma série, não será contemplado. A propósito, o presidente do
ASSU não entende porquê a CBF excluiu os times que, de momento não estão
inseridos em competições coordenadas por ela, quando na verdade essas equipes
também contribuem para arrecadação vultosa da entidade na cobranças de taxas de
inscrição de jogadores e também de anuidade. “A CBF deveria ter esse
compromisso de ajudar também esses times, porque a CBF recebe dessas equipes as
taxas de contrato de jogador e também a taxa por anuidade. Dizem que a CBF não
tem responsabilidade, como não tem? Ela só o tem direito de arrecadar? Vejo que
a entidade também tem responsabilidade sobre esses times neste momento difícil
financeiramente por que está passando devido à pandemia”, comentou. “Mas,
acredito, que haverá um jeito, algum apoio, seja da Federação, para a gente
voltar no momento oportuno”. Na semana passada, a Federação reuniu com os
representantes de clubes para tratar da possível retomada do Campeonato
Estadual, mas segundo Pedro Cavalcante, a entidade não “falou de questão
financeira”.
DESCRENÇA
Sobre um possível
retorno às atividades agora em maio, Pedro Cavalcante se mostrou descrente e
afirmou que o seu time só voltaria aos treinos e jogos mediante o aval das
entidades sanitárias. “Não existe uma data para voltar em maio, isso é
impossível pelo que estamos observando. Nós não vamos de encontro a qualquer
regra do Ministério da Saúde, não queremos correr o risco de ser
corresponsáveis por algo que possa acontecer. A Federação não tem
responsabilidade diretamente com o clube, o clube é quem passa ser o
responsável pelo dia a dia dos atletas. Nós não voltaremos enquanto não houver
a liberação total”, concluiu.
Fonte: Blog do Marcos Santos.
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