Sábado, de 18 de abril de 2020.
A Itália, país mais
castigado da Europa pelo novo coronavírus, registrou o recorde de 2.500
pacientes curados da covid-19 em um dia. O anúncio foi feito nesta sexta-feira
(17) pelo chefe de proteção civil italiano, Angelo Borrelli. As
informações são da rádio pública francesa RFI.
Itália registra recorde de pacientes curados na doença covid-19 |
O país observa a
quantidade de pacientes diminuir nas UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) há um
mês, o que pode ser um indício do fim da fase mais mortal da epidemia.
"Em 3 de abril
tínhamos 4.068 pacientes nas UTIs, hoje temos um pouco mais de 2.800", um
número inédito desde 20 de março, afirma Franco Locatelli, presidente do
Conselho Superior da Saúde da Itália. Segundo ele, "a pressão nos
hospitais foi claramente aliviada" nos últimos dias.
Na sexta-feira (17),
as autoridades anunciaram 575 mortos em 24 horas, aumentando o balanço para 23
mil óbitos desde o início da epidemia. Mas outros dados despertam otimismo no
país, como a estabilização da quantidade de doentes. Em Nápoles, Bolonha,
Veneza, Florença e Roma, o número de contaminados nos hospitais vem baixando a
cada dia.
Além disso, em mais de
65 mil testes realizados em um dia --um recorde no país-- apenas 5% acusaram
positivo ao coronavírus. Para Locatelli, essa é uma prova "da eficácia das
medidas de confinamento tomadas para barrar o contágio". "Tudo isso
nos ajuda a tomar consciência do grande trabalho realizado nos hospitais e da
colaboração dos cidadãos", reitera o presidente do Conselho Superior da
Saúde da Itália.
Preparação para o
desconfinamento!
Com a redução da
quantidade de doentes, a Itália está ansiosa pela saída do confinamento.
"Estamos nos preparando para reabrir em 4 de maio", afirma Atilio
Fontana, governador da Lombardia, a região da Itália mais castigada pela
Covid-19, com 12 mil mortos.
Em vigor desde 9 de
março, as medidas restritas de confinamento vão durar até 3 de maio. Mas o
primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, sofre uma forte pressão do
empresariado pela reabertura de lojas e comércios.
A ideia é apoiada por
alguns membros do governo, como a ministra da Família, Elena Bonetti.
"Algo precisa mudar nas duas próximas semanas para as crianças. Nossas
crianças têm o direito de brincar!", afirmou durante a semana.
Fonte: SAÚDE Do R7
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