Terça feira, 24 de março de 2020.
Em pronunciamento na
cadeia nacional de rádio e TV, o presidente elogiou o ministro da Saúde e
criticou ação de governadores.
Bolsonaro disse que o coronavírus não o afetaria. |
Fonte: Brasil do R7
O presidente Jair
Bolsonaro afirmou nesta terça-feira (24/03), em pronunciamento na
cadeia nacional de rádio e televisão, que a vida dos brasileiros deve continuar
e os empregos serem mantidos diante da pandemia de
coronavírus.
"O que tínhamos
que conter naquele momento era o pânico, a histeria. E, ao mesmo tempo, traçar
a estratégia para salvar vidas e evitar o desemprego em massa. Assim fizemos,
quase contra tudo e contra todos”, disse Bolsonaro ao comentar a estratégia adotada
pelo governo com a chegada dos primeiros casos de coronavírus no Brasil.
Bolsonaro contou que
foi aceso um "sinal amarelo" desde a operação
do governo coordenada para resgatar brasileiros na China, no início de
fevereiro. "Sabíamos que mais cedo ou mais tarde o coronavírus chegaria ao
Brasil", relatou. De acordo com o Ministério da Saúde, até o momento o
Brasil contabiliza
2.201 casos confirmados e 46 mortes em decorrência do coronavírus.
O presidente
aproveitou ainda o pronunciamento para elogiar
o trabalho do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e criticar as
medidas tomadas por governadores de alguns Estados.
"O sustento das
famílias deve ser preservado. Devemos, sim, voltar à normalidade. Algumas
poucas autoridades estaduais e municipais devem abandonar o conceito de terra
arrasada, como proibição de transporte, fechamento de comércio e confinamento
em massa.", enfatizou.
Bolsonaro também
comentou o papel da imprensa na divulgação de informações a respeito da
pandemia. De acordo com ele, "grande parte dos meios de comunicação foi na
contramão" e "espalharam exatamente a sensação de pavor".
"Tendo como carro
chefe o anúncio de um grande número de vítimas na Itália, um país com grande
número de idosos e com um clima totalmente diferente do nosso. Um cenário
perfeito, potencializado pela mídia, para que uma verdadeira histeria se
espalhasse pelo nosso país", apontou o presidente.
Para Bolsonaro, no
entanto, a imprensa "mudou seu editorial" de um dia para o outro. "Pedem
calma e tranquilidade. Isso é muito bom. Parabéns, imprensa brasileira. É
essencial que o equilíbrio e a verdade prevaleçam, entre nós", ironizou.
Na avaliação de
Bolsonaro, 90% dos infectados não manifestarão nenhuma reação ao coronavírus.
"O que se passa no mundo tem mostrado que o grupo de risco é o das pessoas
acima dos 60 anos. Então, por que fechar escolas? Raros são os casos fatais de
pessoas sãs, com menos de 40 anos de idade. Devemos, sim, é ter extrema
preocupação em não transmitir o vírus para os outros, em especial aos nossos
queridos pais e avós. Respeitando as orientações do Ministério da Saúde",
observou.
Ele ainda garantiu
que, devido ao seu histórico de atleta, não enfrentaria problemas caso fosse
contaminado. "caso fosse contaminado pelo vírus, não precisaria me
preocupar, nada sentiria ou seria, quando muito, acometido de uma gripezinha ou
resfriadinho", destacou,
De acordo com o
presidente, o departamento de saúde dos Estados Unidos (FDA) e o Hospital
Albert Einstein buscam a eficácia da cloroquina, medicamento usado no
tratamento da malária, para reduzir os efeitos do coronavírus. "Nosso
governo tem recebido notícias positivas sobre este remédio fabricado no Brasil
e largamente utilizado no combate à malária, lúpus e artrite", revelou.
Acompanhe, na íntegra, o pronunciamento do presidente @jairbolsonaro,
em cadeia nacional de rádio e televisão, sobre o enfrentamento à #Covid19 https://t.co/FiDLRP4RtG
— TV BrasilGov
(@tvbrasilgov) March
24, 2020
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