Quinta feira, 27 de outubro de 2016.
Medalhista
olímpico em 1996 e 2000 mantém projeto para a formação aquática com crianças no
país. Nadador destaca dificuldades na carreira para se tornar profissional.
Nadador destacou educação aquática
enquanto formação
cidadã na infância (Foto: Luiz
Henrique/GloboEsporte.com)
Detentor de quatro
medalhas olímpicas, sendo duas de prata e duas de bronze, ex-nadador Gustavo
Borges largou as piscinas em 2004, mas não abandonou o esporte. Com um projeto
de inclusão esportiva que desenvolve há 11 anos, viaja pelo Brasil proferindo
palestras e incentivando a prática da natação enquanto elemento educativo. Em
Natal nesta quarta-feira, o ex-nadador participou de atividades educativas com
alunos da educação infantil de um colégio na capital potiguar.
Na atividade, o
nadador realizou o "Desafio Tubarão" para demonstrar para as crianças
a força do esporte. Dessa forma, busca despertar a vontade de praticar natação
desde a infância e, assim, trabalhar a formação cidadã, ressaltando os valores
da sala de aula para as piscinas.
- O nosso objetivo é
fazer um trabalho estruturado dentro da educação aquática. Nossa preocupação
era muito grande quanto ao desenvolvimento dos alunos. Para isso, analisamos os
alunos para ver o desenvolvimento que eles têm. Quando você traz a sala de aula
para dentro da piscina, você trata com carinho uma disciplina que merece todo respeito,
porque os valores inseridos são os mesmos que estão dentro da sala de aula e
dentro de casa. Então, valores como confiança, comprometimento e disciplina
estão inseridos na aula de natação - contou o ex-nadador ao GloboEsporte.com.
Gustavo Borges conversou com crianças
da escola Lápis
de Cor, em Natal (Foto: Luiz
Henrique/GloboEsporte.com)
Praticante de natação
desde os cinco anos de idade, Gustavo Borges relembrou o caminho trilhado até
se tornar um atleta de alto rendimento. Criado na cidade de Ituverava, no
interior de São Paulo, Gustavo passou por diversos esportes, como vôlei e
basquete, e acabou optando pela piscina. Segundo ele, a transição de sua
iniciação na natação para se tornar atleta de alto rendimento foi natural, mas
não é comum que seja assim. Muitos atletas desistem no meio do caminho por
falta de incentivo familiar ou infraestrutura nas cidades natais.
- O grande responsável
pela transição de um aluno, ou nadador, que esteja nas categorias de base
(mirim, infantil, juvenil, júnior e adulto), ou na sua formação, para o
competitivo são os pais. Se os pais não estiverem envolvidos, a coisa não acontece.
Tem muito jovem que faz, que quer fazer e os pais apoiam, mas a grande maioria
escolhe o lazer no fim de semana. É muito mais interessante para a família
utilizar o fim de semana para o lazer do que ficar das 7h às 22h em uma
competição em cidades afastadas, com infraestruturas ruins. O sacrifício que o
atleta precisa ter para se superar e chegar a algum lugar, o pai precisa ter
para ir junto. Isso é difícil - completou o nadador.
Por GloboEsporte.com/Natal
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