Segunda feira, 17 de outubro de 2016.
Jonas Carioca e Lúcio Flávio (dois cada) marcam na goleada por 4 a 0 em
Natal, na primeira partida da semifinal. Bugre precisa de 5 na semana que vem
para avançar.
Jones Carioca é só alegria para
comemorar o terceiro gol
do ABC em casa (Foto: Alexandre Lago
/ GloboEsporte.com)
Sete meses sem perder
em casa não é para qualquer um. Também não é para qualquer um acabar com uma
sequência de resultados assim. Na primeira partida da semifinal da Série C, o
ABC comprovou toda a sua força no Frasqueirão e fez o que quis com o Guarani.
Pôs pressão, sufocou, marcou golaço e abriu grande vantagem na disputa para ver
quem segue na disputa pelo título. A vitória por 4 a 0, gols de Jonas Carioca e
Lúcio Flávio (dois cada), abrilhantou a noite alvinegra e acabou com a
empolgação bugrina, uma semana após o acesso no Brasileiro.
O resultado deste
sábado, diante de um excelente público em Natal (7.335 pagantes), torna as
coisas quase impossíveis para quem precisa reagir. No confronto do próximo
domingo, em Campinas (às 21h, mas que pode mudar de horário), o Guarani tem
vencer por cinco gols de diferença, bem mais até do que na partida contra o
ASA, nas quartas de final. A matemática é muito favorável ao ABC, que pode até
perder por três gols de diferença que ainda assim garante a vaga na final da
Série C. Novo 4 a 0, mas a favor do Bugre, leva jogo para os pênaltis.
Leandro Santos lamenta ao não
conseguir defender a primeira
cobrança de falta de Lúcio Flávio (Foto:
Alexandre Lago)
Pelo que os times
mostraram neste domingo, a vaga na final só muda de dono se acontecer um
milagre imenso no Brinco de Ouro. Com dois gols em cada tempo, o ABC controlou
totalmente os rumos da partida em Natal. Só não fez mais porque Leandro Santos
ainda brilhou com três grandes defesas. O Guarani, nulo ofensivamente, levou
pouco perigo. Marcou uma vez, com Fumagalli, mas o lance já estava parado por
impedimento do camisa 10.
Dois vira...
(Foto: Alexandre Lago)
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O ABC mandou em todo o
primeiro tempo. Com raras exceções em que o Guarani chegou com certo perigo
(Eliandro, por exemplo, perdeu um gol claríssimo em lance que goleiro e
zagueiro trombaram), o time da casa fez valer o retrospecto elogiável no
Frasqueirão. Saiu na frente com Jones Carioca aos 25 minutos e só não marcou
antes porque Leandro Santos, o goleiro bugrino, fez duas belas defesas. A
vantagem ficou maior em cobrança de falta de manual efetuada por Lúcio Flávio.
Na barreira, Fumagalli, outro especialista em bola parada, só viu a bola
entrar.
O maestro do Bugre
passou a primeira etapa inteira vigiado de perto e pouco contribuiu para o
desenvolvimento do jogo. O time de Marcelo Chamusca sentiu falta de dois nomes
que mudaram o jogo contra o ASA, há uma semana. Desfalcado de Wesley e
Renatinho, o técnico apostou de novo em Zé Antônio e Marcinho, na repetição do
time que atuou em Arapiraca. A atuação dos dois, em especial do volante,
colaborou para que o Guarani fosse absolutamente dominado. O ABC foi para o
intervalo com a partida praticamente resolvida. Era só manter o nível.
... quatro acaba.
O jogo seguiu
exatamente a mesma linha do primeiro tempo, até porque o Guarani voltou com a
mesma formação que não encaixou antes. O ABC começou a etapa final em ritmo
mais lento, mas ainda assim com espaços para criar se forçasse a mão. Lúcio
Flávio, em tabela com Jones Carioca, entrou na área e só parou em ótima
intervenção de Leandro Santos. Um minuto depois, o camisa 11 do Mais Querido
apareceu livre entre os zagueiros bugrinos e só escolheu o canto para marcar o
terceiro.
Ferreira caminha com a torcida do ABC
ao fundo.
(Foto: Alexandre
Lago/GloboEsporte.com)
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As substituições de
Chamusca indicaram o que foi o segundo tempo. Até Fumagalli saiu para a entrada
de Alex Santana (Zé Antônio e Pipico foram os outros que nem terminaram o jogo
em campo). Entregue, o Guarani ainda levou o quarto golpe. Lúcio Flávio fez
mais um de falta, mas dessa vez por baixo da barreira. O gol empolgou ainda
mais a torcida que encheu o Frasqueirão nesta noite e deu a quase certeza de
presença na final. Os times voltam a se enfrentar daqui uma semana, no Brinco
de Ouro, em Campinas. A diferença do placar é tão grande que fica difícil
imaginar qualquer mudança de cenário.
Por GloboEsporte.com/Natal
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