Terça feira, 08 de dezembro de 2015.
Foto: Williams Aguiar/Site Oficial do Sport |
O Nordeste do País terá três equipes na Série A em 2016 – neste ano, apenas o Sport
representou a região. Além do time rubro-negro do Recife, que terminou o
Brasileirão na sexta colocação, o também pernambucano Santa Cruz e os baianos do Vitória estão de volta na disputa da
principal competição nacional. Os três são garantia de ótima presença de
público nos jogos em casa e ajudam a redesenhar o mapa do futebol nacional para
a próxima temporada.
A Série B deste ano
não reservou grandes surpresas no G4. O Botafogo, como se esperava, garantiu
seu retorno como o campeão. O Santa Cruz ficou com o vice, o Vitória foi o
terceiro e o América-MG, o quarto.
Desta forma, o estado
de São Paulo continuará como o mais forte na primeira divisão, com 5 equipes.
Minas Gerais agora tem três times, junto com o Rio de Janeiro. O estado que
mais perdeu força foi Santa Catarina – de quatro para dois times (Joinville e Avaí
rebaixados e Chapecoense e Figueirense na primeira divisão).
O maior destaque das
subidas e descidas do futebol brasileiro fica por conta do retorno do Santa
Cruz à elite. A equipe contou com uma média de 14.845 torcedores por partida
durante o ano, maior do que 12 clubes que disputaram a primeira divisão. O time
foi comandado pelo técnico Marcelo Martelotte, que no último sábado anunciou a
sua renovação de contrato com o clube pernambucano até o final de 2016 – é ele
quem deverá treinar o clube na Série A.
O maior destaque do
Santa Cruz foi o atacante Grafite, ex-jogador do São Paulo e da seleção
brasileira, que chegou durante a disputa da Série B – o time chegou a ocupar a
18.ª colocação, mas com consistência conseguiu reverter a situação e garantir uma
das vagas do acesso. Ele disputou 15 jogos, anotou 7 gols e foi fundamental na
arrancada da equipe coral.
“Agora é planejar
muito bem a próxima temporada. Tem o Pernambucano, a Copa do Nordeste, a Copa
do Brasil e a Série A, que é um campeonato muito difícil. É importante para o
clube subir e conseguir permanecer no mínimo dois, três anos para se
restabelecer, se reestruturar economicamente. É uma batalha muito grande para
subir, precisa de um planejamento para não ficar brigando no ano seguinte contra
o rebaixamento”, disse o atacante em recente entrevista.
E é isso o que
justamente ocorreu com Joinville, Avaí e Vasco. Os três times permaneceram na
principal divisão do Brasileirão apenas uma temporada e no ano que vem
precisarão terminar, de novo, entre os quatro primeiros colocados para
retornarem à elite do futebol nacional. A única equipe que subiu e ficou foi a
Ponte Preta, fato que serve de alerta para novas equipes na Série A.
Novidades
A segunda divisão do
Brasileirão contará com quatro equipes tradicionais em suas regiões, mas que
estavam foram da Série B há alguns anos. O campeão da Série C, foi o Vila Nova,
de Goiás. Também subiram o Londrina (vice), Tupi-MG (3.º lugar) e o Brasil, de
Pelotas (4.º colocado). Nesta temporada, os quatro últimos colocados da Série B
foram o Macaé (RJ), ABC, Boa (MG) e Mogi Mirim (SP). Eles vão jogar a terceira
divisão em 2016.
A Série D, a quarta
divisão do futebol nacional, também reservou boas surpresas entre os times que
subiram para a Série C. O campeão foi o Botafogo, de Ribeirão Preto (SP), que
tenta voltar aos seus melhores dias. O vice ficou com o River, do Piauí. Também
subiram o Remo, clube com uma das maiores torcidas da região Norte, e o
Ypiranga, do Rio Grande do Sul. Do lado inverso da tabela, os últimos quatro
colocados da terceira divisão foram rebaixados. Foram eles o Águia, de Marabá
(PA), Icasa (CE), Madureira (RJ) e Caxias (RS).
Por Estadão Conteúdo
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