Domingo, 22 de novembro de 2015.
Marcos Lopes |
Eu sinceramente perco
a “elegância” com tanto descaso de parte das autoridades deste Rio Grande do
Norte velho de guerra, com o futebol. Perco a “elegância” quando vejo o descaso
do Poder Público com um produto que gera emprego e renda e que em vários outros
estados, recebe a atenção devida. Poderia citar aqui vários exemplos, mas vou
ficar com apenas um, bem pertinho da gente, na boa e velha Paraíba, que tem
desde 2008, o programa de educação tributária Gol de Placa, enquanto aqui temo
o Gol Contra. Gol contra o futebol e quem vem sendo marcado por vários governos
que ignoram solenemente a força e importância do esporte mais popular do pais.
Gol de Placa
O Governo repassa os
ingressos para os clubes e as equipes ficam responsáveis por disponibilizar as
entradas dos jogos aos torcedores. Durante a semana que antecede o jogo, os
clubes criam postos de trocas, onde o torcedor entrega ao clube notas fiscais
que totalizem 50 reais, que dão direito a um ingresso do programa. Pessoas
beneficiárias de programas do Governo Federal como o Bolsa Família por exemplo,
podem trocar notas que totalizem 10 reais por ingressos. Por cada ingresso
trocado por notas fiscais do Estado da Paraíba, o Governo dá 10 reais ao clube,
sendo que o limite máximo que o time pode disponibilizar por cada jogo é de 3
mil ingressos.
Gol de Placa I
Na temporada 2015, o
Governo destinou 3 milhões e 200 mil reais ao programa de educação tributária,
maior valor da história do Gol de Placa, para ser dividido para os dez clubes
que participam do Paraibano. O Botafogo que foi campeão estadual de 2014 e um
dos representantes na Copa do Nordeste, Copa do Brasil e Série C, teve direito
a 105.272 ingressos. Depois veio o Campinense, que recebeu 56.894 ingressos,
por ter sido o outro representante da PB nas Copas do Brasil e do Nordeste, e
por ter sido o vice-campeão do ano passado. O Treze, recebeu 25.406 ingressos,
já que foi o representante do estado na Série D e pela cota natural dos times
que participam do estadual, mas não disputam o título, cuja cota é de 17.836.
Quando termina o Paraibano, quem conquistar a vaga para a Série D recebe um
adicional de 7.570 ingressos..
Gol contra
É o programa que
existe no Rio Grande do Norte, onde o governo ignora solenemente o futebol. O
Gol Contra no RN funciona assim: o Governador de plantão – faz tempo que é
assim – desconhece ou faz que desconhece a força do futebol, não tem pelo
esporte que gera emprego e renda nenhuma atenção, sob alegação que existe
crise, que não pode isso, que não pode aquilo. De outro lado, vem a inoperância
dos parlamentares da Assembleia Legislativa, que mesmo tendo vários deles
ligados ao futebol, nenhuma ação efetiva é tomada no sentido de copiar, não
precisam nem o trabalho de pensar, programas de sucesso como o que mostrei e
que funciona em favor do futebol e do torcedor paraibano, além de estimular de
forma direta a sonegação fiscal. Junta tudo, Governo Estadual e Assembleia
Legislativa e está formado o timaço, autor do Gol Contra no futebol potiguar.
Por Marcos Lopes (Natal)
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