Sexta feira, 27 de novembro de 2015.
Nomeado pelo
ex-presidente José Maria Marin ainda em 2013, o coronel Moacyr Alcoforado
perdeu o cargo de chefe de segurança da Seleção Brasileira pouco mais de dois
meses após a polêmica nos amistosos disputados em setembro.
À época, nos Estados
Unidos, um pastor foi à concentração da
equipe e realizou cultos na presença dos jogadores. Missionário de Goiânia
(GO), o pastor Guilherme Batista – que, de acordo com a comissão técnica, não
teve sua entrada autorizada – postou vídeos e fotos em redes sociais
agradecendo aos jogadores pela recepção.
O meia Kaká e o
zagueiro David Luiz, com grande apego à religião, tiveram menções especiais nos
comentários. Nas fotos tiradas em um dos saguões do hotel em que a Seleção se
hospedou, os atletas Alisson, Marcelo Grohe, Douglas Santos, Fabinho, Lucas
Lima, Douglas Costa e Jefferson também posaram ao lado do pastor de 25 anos.
Técnico Dunga - Foto: Divulgação. |
Até o técnico Dunga aparece em uma foto ao lado de Guilherme, que, segundo o treinador, se passou
por um fã para conseguir o clique. Revoltado com a tentativa de auto promoção
do pastor, que até chegou a divulgar a foto em uma rede social se referindo a
Dunga como “chefe”, o treinador rechaçou a atitude ainda em coletiva após os
amistosos. Uma consequência definitiva do ato, no entanto, demorou mais de dois
meses para acontecer.
“Dentro da Seleção as
coisas são feitas com transparência. Temos uma sala onde os jogadores podem
receber seus familiares ou pessoas mais de perto. Não que é nada proibido, mas
na Seleção Brasileira não é local de exposição religiosa nem política”,
declarou o treinador em nome da comissão técnica da Seleção.
Governador biônico de
São Paulo nos tempos da Ditadura Militar, José Maria Marin – que hoje tenta
acordo para ficar em prisão domiciliar enquanto aguarda julgamento nos Estados
Unidos – nomeou Moacyr Alcoforado para substituir José Antônio de Almeida, que
cuidou da Granja Comary durante mais de dez anos.
Fonte: Gazeta Press
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