domingo, 13 de setembro de 2015

Futebol do RN: Cai ou não cai?

Domingo, 13 de setembro de 2015.
Já são sete pontos que separam o ABC da primeira equipe fora da zona de rebaixamento no Brasileiro da Série B. O alvinegro natalense tem 22 pontos, na vice-lanterna, contra 29 do 16º colocado Atlético Goianiense. Pode-se dizer que o ABC já caiu? Não. Mas, pode-se dizer que vai cair. Essa afirmativa não é baseada apenas na pontuação e colocação de tabela, mas, principalmente no que o time tem feito em campo. 

O jejum de vitórias já ultrapassa uma dezena de jogos. Quando não perde, o ABC apenas empata. Pior do que isso, é o futebol apresentado. Sofrível, sem oferecer esperança ao torcedor. Foi assim na tarde de sábado, 12, na Arena das Dunas, quando não saiu do zero a zero com o desfalcado CRB, de Alagoas. O ABC não teve força de reação, nem demonstrou algum apetite de vitória que fizesse o seu torcedor se animar ou esperar por dias melhores. Para quem acompanha o ABC na Série B não tem medo de arriscar o palpite de rebaixamento da Série C. É claro que existe a questão matemática, onde os mais apaixonados se agarram. Também tem o histórico de recuperação em edições anteriores. Em 2014, por exemplo, o alvinegro sofreu até as últimas rodadas para se vê livre o fantasma. Repetiu 2013. Não é regra, nem deve ser visto como tal. E, se o “milagre” vai se repetir em 2015, ninguém, de bom senso, tem coragem de apostar. Por que isso acontece com o ABC? Simples. A sua diretoria teima em apostar na fórmula que vem mantendo o ABC na Série B, mesmo se arrastando até as últimas rodas. Aposta no risco. Tem dado certo, apesar do sofrimento. Agora, um dia a casa cai. E parece que será agora em 2015. A fórmula consiste em disputar o Campeonato Estadual do RN com elenco barato, para enfrentar a esqualidez de receita da competição, e em seguida contratar um novo elenco para a competição nacional, sacrificando o cofre já sofrível. Daí, o time não constrói uma base para disputar a Série B, e cruza a competição tentando se ajustar. Durante a travessia, a nau de letrinhas muda três ou quatro vezes de comandante, perdendo, de vez, qualquer identificação com o bom futebol. Nesse ano, já são quatro técnicos, e nenhum com resultado satisfatório capaz de evitar que a embarcação alvinegra desça a cachoeira. É, mais ou menos, o que o América fez, até cair para a Série C. Por Cesar Santos/F9 Esportes.
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