Terça feira, 09 de junho de 2015.
A Comissão de
Arbitragem da CBF foi clara: “Todos os árbitros não devem tolerar desrespeito e
atos de indisciplina de qualquer natureza às regras do futebol”. Estas palavras
são apenas parte do Ofício Nº 26/2015, de 22 de maio, enviado a todos os clubes
do país. Passadas cinco rodadas do Brasileirão, tudo começa a fazer sentido. A
média de bola em jogo subiu de 52 minutos e 36 segundos por partida em 2014
para 56'19" este ano. Pode não parecer muito, mas é uma diferença total de
185 minutos e 47 segundos, cerca de duas partidas inteiras a mais de bola
rolando.
O objetivo é melhorar
o espetáculo. Para isso, é preciso oferecer ao torcedor mais futebol e menos
motivos que façam diminuir o interesse no esporte. É uma verdadeira cruzada
contra aqueles cercos desnecessários ao árbitro, que mantêm a bola parada e
diminuem, incorretamente, o ritmo do jogo. A Comissão de Arbitragem avisou: “As
recorrentes e acintosas reclamações, individuais ou em grupo de jogadores,
contra as decisões do árbitro e de qualquer oficial da arbitragem, tanto
durante como após o encerramento das partidas, exigem adoção de medida
disciplinar adequada”. Com essas orientações, o número de jogos que alcançaram
a marca de 60 minutos de bola rolando saltou de um para nove, comparando as 50
primeiras partidas dos campeonatos brasileiros de 2014 e 2015.
A relação das partidas
com maior tempo de bola rolando nos dois anos também apresenta um resultado
sintomático. Em 2014, Figueirense x Santos registrou 60 minutos e 5 segundos.
Já no Brasileirão 2015, temos Atlético PR x Galo com 69 minutos e 54 segundos.
É um aumento de 15%.
Uma nova realidade da
arbitragem brasileira está começando a se solidificar. Seus resultados
despertam o interesse do público e recebem o apoio de quem gosta de futebol bem
jogado e quer tornar o futebol um evento a cada dia mais atrativo para o
público consumidor. Como reforçam as normas da Comissão de Arbitragem,
defendidas por seu presidente Sérgio Corrêa e pelo presidente da CBF, Marco
Polo Del Nero: “O futebol não pode ser vítima nem de árbitros fracos, nem de
jogadores, treinadores ou dirigentes indisciplinados, que atentam contra a boa
conduta esportiva, cujos comportamentos inflamem torcedores nas arquibancadas.
Uma conduta indisciplinada de verdadeiros ídolos do esporte contribui para que
jovens adquiram hábitos desrespeitosos contra autoridades de qualquer
natureza”.
Fonte: FNF
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