QUINTA FEIRA, 04 DE DEZEMBRO DE 2014.
O fracasso na operação
de salvamento para manter o América na série B modificou as receitas do clube
para próxima temporada, mas o dinheiro curto não afetou a construção da Arena
América (também chamada Arena do Dragão), que segue com o cronograma de obras
em dia e com a entrega contratual prevista para o aniversário de centenário
alvirrubro. Porém, alguns membros da comissão de construção do sonho americano
estão otimistas e já trabalham com a hipótese do novo estádio começar a abrigar
jogos no Campeonato Estadual.
A antecipação da
inauguração da arena alvirrubra só será possível pelo fato de que, fora algumas
doações realizadas pelo presidente Gustavo Carvalho, o dinheiro da construção do
empreendimento independe das receitas que entraram no clube via futebol. A
previsão é vender mil cadeiras cativas para juntar à verba obtida com a
comercialização dos 120 camarotes para garantir o progresso do projeto.
“O dinheiro dessa
construção vem das vendas dos camarotes e das cadeiras do estádio. O campo está
perto de receber, mas acreditamos que no final de março ele já estará pronto
para receber os jogos do América”, salienta Eduardo Rocha.
O dirigente, que faz
parte da comissão de construção do estádio, salienta que existe uma negociação
sendo encaminhada e, caso venha a ser fechada, terá a capacidade de acelerar
ainda mais o ritmo de construção. A meta é deixar o espaço pronto para que o
América possa mandar boa parte dos seus compromissos pela série C dentro de sua
própria casa.
“Nós temos de buscar
uma alternativa para que o América possa mandar seus jogos na série C. Sabemos
que muitos deles, se realizados na Arena das Dunas, serão deficitários. Com as
verbas reduzidas não poderemos nos dar ao luxo de estar pagando para jogar.
Atuando na Arena América, além de reduzir despesas, o clube poderá auferir
alguns lucros com o oferecimento de outros serviços, tipo bar e
estacionamento”, destaca Eduardo Rocha.
Francisco Sobrinho,
gerente de obras da Arena, prefere ser mais comedido nessa questão de prazos,
até por que não pretende entregar um estádio a “meia boca”, para evitar que o
projeto venha a receber críticas infundadas.
“Para o Estadual de
2015, eu acho precipitado. Não queria entregar sem estar todo pronto. O
Barrettão sofreu muitas críticas quando foi inaugurado e não queria que a Arena
passasse por isso. Mas, tudo depende de planejamento. Tenho tudo organizado
para a série C, com cinco mil lugares, gramado, vestiários prontos. Se quiserem
inaugurar sem os camarotes, tem como se fazer, mas alguns conselheiros querem
apenas com os camarotes prontos. O que não vamos fazer é antecipar etapas e não
ter como honrar nossos compromissos no final do mês”, afirmou Sobrinho.
Construída em módulos
e com projeto final previsto para receber um público estimado em 20 mil
torcedores, a nova casa americana vai ser inaugurada com os setores de
camarotes e cadeiras cativas completos, além de dois módulos de arquibancadas
para um público estimado de sete mil pessoas.
Para José Medeiros,
também integrante da comissão de construção, o mais importante dentro desse
processo é que o sonho está se concretizando de forma gradual, sem provocar o
endividamento e evitando que o América tenha de se desfazer de parte do seu
patrimônio para que o estádio seja erguido.
Renovações
Depois de uma longa
reunião para definir o planejamento para temporada de 2014, a diretoria
americana anunciou ontem as renovações de contrato com Márcio Passos, Cleber,
Pantera e Edson Rocha, todos atletas da confiança do treinador Roberto
Fernandes. Quem também já deu sinais e está disposto a continuar no alvirrubro
é o atacante Max, que ainda não sentou para definir sua situação, mas por ser
um atleta antigo no clube, deve continuar.
Por Magnus Nascimento - Tribuna do Norte (Natal).
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