QUINTA FEIRA, 24 DE JULHO DE 2014.
Paulo André, do Bom Senso, pede democracia na CBF (Foto: Reprodução / Instagram)
Alguns jogadores que fazem parte do movimento Bom Senso FC, como o lateral Ruy Cabeção, do Operário-MT; o meia Alex, do Coritiba; e o atacante D´Alessandro, do Internacional, usaram as redes sociais nesta quarta-feira (23) para pedirem democracia na administração da CBF. A manifestação mais incisiva foi feita pelo zagueiro Paulo André, um dos líderes do grupo que defende melhorias na gestão e organização do futebol no país. Ele solicitou a todos os insatisfeitos com a maneira através da qual "os Teixeiras e os Marins" vêm conduzindo a entidade máxima do futebol brasileiro que mostrem a sua indignação esta semana, quando a presidente Dilma vai receber os clubes em Brasília para discutir o parcelamento da dívida fiscal. Quem estiver insatisfeito com a CBF (dos Teixeiras e dos Marins), mostre sua indignação e peça democracia, já! Esta semana é decisiva, pois a Presidente Dilma receberá os clubes de futebol, em Brasília. O assunto é o parcelamento da dívida fiscal que chega a R$ 4 bilhões. O meia Alex também deixou registrado na página principal da sua rede social uma mensagem convocando todos a participarem da iniciativa: "Para quem acredita que nosso futebol pode melhorar. #democracianaCBFjá". Na opinião de Paulo André, a presidente Dilma e o Congresso Nacional têm que fazer uma escolha importante: desenvolver e modernizar o esporte e o futebol brasileiro ou deixar tudo como está. Segundo ele, se os governantes decidirem modernizar, eles terão que pressionar os dirigentes e condicionar o parcelamento da dívida fiscal dos clubes com o fortalecimento da Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte (LRFE) e a democratização da CBF. Todos nós queremos uma entidade (CBF) mais democrática, onde os jogadores, as jogadoras, os atletas do beach soccer, os treinadores, os executivos do futebol, os preparadores físicos, os árbitros e os torcedores tenham voz e possam participar das principais discussões do nosso futebol. O futebol brasileiro não pode ter um dono, ele é patrimônio do povo - escreveu o zagueiro do Shangaï Shenhua numa rede social. Antes da Copa, um grupo de jogadores do ligados ao Bom Senso FC foi recebido, no fim de maio, pela presidente, em Brasília. O encontro foi um pedido da própria Dilma, que queria conhecer de perto as propostas do grupo para o futebol brasileiro.A principal reivindicação do Bom Senso FC é por mudanças no calendário do futebol brasileiro. O movimento foi iniciado em setembro do ano passado, quando os jogadores se organizaram para protestar contra o calendário proposto pela CBF para 2014, que teria pouco tempo para a pré-temporada dos clubes por conta da pausa para a Copa do Mundo. Com o passar do tempo, o movimento cresceu e passou intervir também em outras questões, como atraso de salários e violência nos estádios. Em março deste ano, o grupo de jogadores apresentou sua principal proposta: um calendário com menos jogos para os clubes grandes, mais para os pequenos, e atividades durante todo o ano para 496 equipes. A ideia é criar uma quinta divisão no Campeonato Brasileiro, com 452 times, e transformar os campeonatos estaduais em copas, no formato da Copa do Mundo.
Confira o texto completo do zagueiro Paulo André!
"Quem estiver insatisfeito com a CBF (dos Teixeiras e dos Marins), mostre sua indignação e peça democracia, já! Esta semana é decisiva já que a Presidente Dilma receberá os clubes de futebol, em Brasília. O assunto é o parcelamento da dívida fiscal que chega a R$4 bilhões. Independente da escolha do treinador e do coordenador da CBF, cargos que são limitados apenas às decisões da Seleção, a Presidente e o Congresso Nacional têm uma importante decisão a tomar. Desenvolver e modernizar o esporte e o futebol brasileiro ou deixar tudo como está. Se optarem por modernizar, precisam pressionar os dirigentes e condicionar o parcelamento da dívida fiscal dos clubes com (1) o fortalecimento da LRFE e (2) a democratização da CBF. Todos nós queremos uma entidade mais democrática, onde os jogadores, as jogadoras, os atletas do beach soccer, os treinadores, os executivos do futebol, os preparadores físicos, os árbitros e os torcedores tenham voz e possam participar das principais discussões do nosso futebol. O futebol brasileiro não pode ter um dono, ele é patrimônio do povo. #DemocracianaCBFjá"
Por GloboEsporte.com/Rio de Janeiro
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