DOMINGO, 18 DE MAIO DE 2014.
O atacante Rodrigo Pimpão, do América de Natal, autor do gol da vitória de ontem contra a portuguesa é um jogador experiente, rodado, que já passou por vários clubes do Brasil e do exterior. Por isso, assim como todos que se aventuram em outros países, ele tem muita história para contar, nesses quase 10 anos de carreira. A história dele no futebol é diferente: começou no futsal, defendendo o Thalia, em Curitiba, no ano de 2007. Foi quando chamou a atenção do Paraná e de lá, foi para o clube, onde se sagrou campeão sub-20 estadual, pela equipe paranista. Mostrando habilidade nas quadras, no ano seguinte foi chamado para integrar a equipe de futebol profissional do clube. Sem conseguir repetir, no campo, as boas atuações na quadra, acabou ficando no banco de reservas durante quase toda a temporada de 2008.
Rodrigo Pimpão esteve próximo de levar um calote fora do País
No final da série A daquele ano, conseguiu ter uma sequência de jogos, se destacando e chamando a atenção do Vasco da Gama, para a disputa da temporada 2009, por indicação do técnico Dorival Júnior. “O Dorival é um grande treinador, que sabe ganhar o grupo, tem dedicação e conversa com os jogadores. Um dos melhores que já trabalhei”, recorda. Começou bem, se destacou no Vasco, jogando 28 partidas seguidas, até se contundir logo no começo da série B de 2009, ficando o restante da temporada longe da equipe titular. “Tudo que ficou combinado, eles me pagaram, sem ficar devendo nada. Disso não posso reclamar”, revela. Na passagem pelo Vasco, que iniciava a era Roberto Dinamite como presidente, a figura do ex-presidente vascaíno, Eurico Miranda, ainda era muito presente. “Sempre que Eurico chegava no Vasco, tinha uns oito seguranças com ele, sempre fumando o charuto”, recorda. Sem espaço na equipe carioca, começou a sua peregrinação por outros clubes. De 2010 até agora, já foram oito clubes, em três países diferentes e muitas histórias para contar. Depois de um breve retorno ao Paraná, seguiu para o Japão, na tentativa de conseguir uma instabilidade profissional e financeira, que ainda não tinha alcançado no Brasil. Em uma temporada na terra do Sol Nascente, defendeu o Cerezo Osaka e o Oiyma Ardija. Somando os dois clubes, fez 48 jogos e marcou 23 gols. E foi treinado por Levir Culpi, atualmente técnico do Atlético/MG. Mas, o que marcou mesmo o atleta, foi o desastre do tsunami que assolou o Japão em 2011. “Nunca tinha vivido uma situação como aquela. E olhe que a cidade que eu morava, Osaka, era distante do centro do tsunami, uns 800 quilômetros e, mesmo assim, a terra tremeu por uns 20 segundos. Foi tenso, todo mundo preocupado. Quando o susto passou, as pessoas das outras cidades mais atingidas acabaram indo para Osaka. Aí, começou a faltar as coisas, água para beber. Tive que tomar água da torneira. Foi complicado”, relembra. Mesmo com as dificuldades passadas, Pimpão é só elogios ao Japão. “É o melhor lugar que tem para se viver. Passei um ano lá e deu para aprender a me comunicar. Lá a pessoa tem tudo que precisa, o país funciona. Só sentia falta de um bom feijão e arroz”, brinca.
Fonte: Tribuna do Norte/Natal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário