SÁBADO, 08 DE MARÇO DE 2014.
Árbitro Suelson Diógenes.
O ato de racismo contra o goleiro Dida, do América, no duelo contra o Alecrim no domingo
de Carnaval não passou batido pelo
árbitro da partida, Suelson Diógenes. O juiz registrou o fato na súmula da
partida válida pela sexta rodada da Copa RN, primeiro turno do Campeonato
Estadual.
No documento,
publicado no site da Federação Norte-Riograndense de Futebol (FNF) apenas nesta
quinta-feira (06) em razão do recesso de carnaval da entidade, é descrita a
denúncia feita pelo arqueiro americano após os gritos que ecoaram no estádio
Ninho do Periquito, em São Gonçalo do Amarante.
“Relatou verbalmente
que estava sendo chingado (sic) com gritos e palavras de racismo contra sua
pessoa (…) atleta falou que estava sendo
chamado de macaco por um torcedor da equipe do Alecrim Futebol Clube”,
descreveu.
No texto, Diógenes
afirma ter acionado o policiamento presente no estádio para identificar o
torcedor responsável pelo ato, mas após uma incursão dos militares, não foi
possível encontrar o responsável pelo delito apontado.
Nota de repúdio
Após o fato consumado,
a equipe Alviverde emitiu uma nota oficial no site do clube lamentando o
episódio. Segundo a nota, o clube taxou o ato como “inaceitável” e repudiou a
atitude contra o goleiro que chegou a defender o próprio Alecrim entre as
temporadas 2011 e 2012.
Confira a nota:
“O Alecrim Futebol
Clube se solidariza ao atleta Dida, vítima de atos covardes de racismo sofridos
na partida de hoje, válida pela sexta rodada do Campeonato Potiguar, enquanto
exercia sua profissão em campo.
A prática
discriminatória étnico-racial é crime, e o clube repudia de maneira veemente
todo e qualquer ato de discriminação, seja dentro ou fora das quatro linhas.
Episódios como o de hoje, ocorrido com o goleiro do América Futebol Clube, são
inaceitáveis. Não se deve haver mais espaço para este tipo de comportamento
criminoso do qual o atleta foi vítima.
Lembramos que o mesmo
Dida já vestiu, e honrou, a camisa do Alecrim de forma que a projeção o levou
ao atual clube.
O futebol foi criado
para unir crenças, raças e gerações. O maior ídolo do futebol brasileiro é
negro, e um dos homens mais influentes do mundo, também. A torcida do Alecrim
sempre se caracterizou não só pelo amor às cores que pintam o manto, como
também pelo exemplo de comportamento e paz. Fato como este JAMAIS aconteceu em
partidas do clube. Esperamos que o cidadão – ou cidadã – que cometeu tamanha
ignorância pense e repense sobre seus atos.“
Fonte: Portal no Ar Esportes.
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