SEXTA FEIRA, 08 DE MARÇO DE 2013.
Presidente do clube teria
enviado seguranças ao vestiário da equipe para transmitir 'pedidos' de
substituições a Pedrinho Albuquerque no Estadual.
"Incompatibilidade
de pensamentos". Segundo o ex-técnico do Alecrim, Pedrinho Albuquerque,
esse foi o motivo da sua saída do comando da equipe. Em entrevista ao
GLOBOESPORTE.COM nesta sexta-feira, o treinador revelou que o presidente do
clube, Anthony Armstrong, tentou interferir no seu trabalho à frente do Verdão,
inclusive opinando sobre quem deveria entrar em campo ou ficar no banco de
reservas.
-
Ninguém interfere no meu trabalho, até porque eu não aceito esse tipo de coisa.
Se o Alecrim me contratou para treinar o time, foi porque a diretoria achou que
eu seria capaz. Portanto, não posso admitir que tentem interferir nas minhas
decisões. Respeito muito o presidente Anthony, e o considero uma pessoa
formidável, mas não concordo com esse tipo de atitude - disse Pedrinho.
'Pitacos' do presidente
contribuíram para a saída de Pedrinho Albuquerque do Alecrim (Foto: Tiago
Menezes)
Segundo Pedrinho, em pelo menos duas partidas da Copa FNF, a primeira
fase do Campeonato Potiguar, o cartola alviverde mandou seus seguranças ao
vestiário do Alecrim para transmitirem ao técnico alguns recados com
"pedidos" de substituições. O treinador se disse chateado com a
situação, mas afirmou não guardar qualquer tipo de mágoa do período em que
comandou o Verdão.
- É muito chato ter que passar por esse tipo de situação. Afinal, quem
treinava o time diariamente era eu. Portanto, quem conhecia melhor o time era
eu. A opinião do técnico deve prevalecer sempre. Cartolas não podem escalar as
equipes. Até porque, na hora em que a torcida grita 'burro', o alvo é o
treinador, e não o presidente. Mas saio do Alecrim com a consciência de que fiz
um bom trabalho e ganhei novos amigos no futebol - falou.
Foi por causa da pressa que o caranguejo nasceu sem
pescoço. Vamos resolver tudo com calma" - Pedrinho Albuquerque, ex-técnico do Alecrim.
Ainda de acordo com Pedrinho Albuquerque, apesar dos oito jogos de
invencibilidade que teve antes da goleada sofrida para o Potiguar de Mossoró,
na última quarta-feira, ele já imaginava que seria mandado embora assim que
viesse o primeiro tropeço.
- Eu já tinha escutado de algumas pessoas dentro do clube que isso aconteceria
assim que a sequência de jogos sem perder fosse quebrada. Não importava se a
gente ia perder de 1 a 0 ou 10 a 0. Pelo menos foi o que me disseram. Não acho
que essa foi a decisão mais acertada, mas respeito - afirmou.
Para finalizar, Pedrinho falou que, logo após a sua demissão do comando
do Alecrim, outros clubes já o procuraram e fizeram propostas de emprego. Mas o
técnico diz não ter pressa, e ainda pretende conversar com os familiares para
decidir o seu próximo destino.
- Foi por causa da pressa que o caranguejo nasceu sem pescoço. Vamos
resolver tudo com calma - finalizou em tom bem-humorado.
Por Tiago
Menezes/Natal – GLOBOESPORTE/RN.
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