30-04-2011
Menos de um ano depois da renuncia do ex-presidente José Maria de Figueiredo, Clóvis Emídio (Foto), eleito como vice na mesma chapa, e que assumiu o mandato no dia 18 de outubro de 2010, anunciou que seguirá os mesmos passos do seus antecessor deixando mais uma vez vaga a cadeira da presidência do América. De fato, o dirigente não tem mais o comando do clube desde a última terça-feira, quando foi comunicado por membros do conselho consultivo sobre a intervenção branca que seria realizada na atual administração, para realização de um esforço concentrado na finalidade de livrar o clube de um futuro ainda mais sombrio.
Entre as pilhas de problemas acumulados nos últimos anos, o clube tem como mais emergente combater o débito financeiro, uma vez que nos últimos tempos o caixa americano vem trabalhando com prejuízos mensais que variam entre R$ 150 mil e R$ 200 mil ao mês. As questões financeiras vão se avolumando, em julho vai superar a casa de R$ 1,5 milhão correndo o risco de dobrar, caso nada seja feito para quitar esses débitos.
“O América tem contas a pagar na Justiça do Trabalho a Júlio César Leal, a Rodrigo Astudillo, um dançarino de tango que pensavam jogar futebol e outros tipos de pendências, que se não forem pagos em tempo hábil correm o risco de dobrar de valor”, afirmou Jussier Santos, nome mais cotado para assumir a presidência da junta governativa que passará a gerir o clube.
Porém o desastre administrativo e a intervenção branca não foram os motivos principais que levaram Clóvis Emídio a apressar sua saída da presidência. O fato que mais pesou foi a escolha de Francisco Diá para assumir o comando do clube na série C do Brasileiro. Como na terça-feira o presidente de direito concordou em distribuir os poderes por grupos, os responsáveis pelo futebol optaram pelo nome de Diá para comandar a equipe, técnico que se tornou um desafeto do presidente demissionário desde o ano passado, quando foi contratado fez apenas três jogos e abandonou o clube após ser eliminado na Copa do Brasil.
Ele havia dito na imprensa que “enquanto fosse presidente do América, Diá não trabalharia mais no clube” e a amigos próximos, Clóvis Emídio revelou que não poderia aceitar tamanha desfeita. A carta renúncia será apresentada junto com a prestação de contas da atual administração na reunião extraordinária do conselho deliberativo do clube marcada para o próximo dia 5. O dirigente está reunindo documentos para mostrar como pegou e como está repassando o América.
Eduardo Rocha, Paulinho Freire, Ricardo Bezerra e Gustavo Carvalho são os nomes que passarão a responder pelo futebol americano. Alex Padang, que no passado integrou esse grupo, disse que não poderá se comprometer dessa vez por questões profissionais, mas prometeu ajudar de fora no que for necessário. “Estou muito ocupado na administração dos meus negócios, pouco tenho ficado em Natal e não posso assumir esse compromisso com América por falta de tempo. Mas pretendo ajudar de outra forma, quem sabe através de patrocínio ou naquilo que estiver ao meu alcance”, disse. Fonte: Tribuna do Norte
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