Acervo/Gazeta Press
Além do título, o Brasil teve em Jairzinho um dos destaques da Copa. O Furacão foi o único jogador a marcar em todas as partidas disputadas e acabou a competição com sete gols em seis jogos. A artilharia, no entanto, ficou com o alemão Gerd Muller, autor de dez tentos.
A seleção chegou ao México cercada de expectativa. Após ganhar as Copas de 1958 e 1962, o país decepcionou em 1966, quando foi eliminado ainda na primeira fase, e havia trocado de técnico pouco antes do Mundial - saiu João Saldanha para a entrada de Zagallo. Mesmo assim o time era considerado um dos favoritos ao título.
Na primeira fase, entretanto, surgiu o primeiro dos desafios. No Grupo 3, o Brasil tinha pela frente Romênia, Tchecoslováquia e a Inglaterra, campeã do mundo em 1966. Apesar da força dos concorrentes, a seleção avançou às quartas de final da Copa do Mundo com três vitórias - 4 a 1 sobre a Tchecoslováquia na estreia, 1 a 0 sobre a Inglaterra e 3 a 2 sobre a Romênia.
Nas quartas de final, o Brasil teve pela frente o Peru. Apesar de ter pouca tradição no futebol, a seleção andina chegou à Copa do Mundo após classificar-se nas Eliminatórias em um grupo que contava com Argentina e Bolívia. No Mundial, a equipe havia derrotado Bulgária e Marrocos. A grande atuação de Tostão, que marcou dois gols, espantou a zebra e garantiu a vitória do Brasil por 4 a 2.
Nas semifinais, outro rival sul-americano no caminho da seleção brasileira, o Uruguai. A tradição da equipe celeste, no entanto, não foi suficiente para parar a seleção brasileira, que venceu por 3 a 1 e classificou-se para a final com gols de Clodoaldo, Jairzinho e Rivelino. Cubillas marcou o gol uruguaio no jogo.
A semifinal entre Brasil e Uruguai também ficou marcada pelo lance em que Pelé quase marcou um dos gols mais bonitos das Copas. O camisa 10 foi lançado na entrada da área, sem encostar na bola driblou o goleiro Mazurkiewicz, mas errou na conclusão, que passou ao lado da trave uruguaia.
A final da Copa do Mundo de 1970 foi disputada no Estádio Azteca, na Cidade do México, com 108 mil espectadores nas arquibancadas. Brasil e Itália fizeram um confronto disputado, com chances de gol para os dois lados.
Logo aos 18 minutos, Pelé abriu o placar para a seleção brasileira de cabeça, após belo cruzamento de Rivelino. Os italianos conseguiram o empate com 37 minutos da primeira etapa, pelos pés de Boninsegna, que aproveitou a falha da defesa brasileira para roubar a bola e marcar.
No segundo tempo, o Brasil voltou à liderança do placar, desta vez com Gérson. O meia recebeu na entrada da área, limpou a zaga e bateu com força colocando a seleção brasileira em vantagem novamente, aos 20 minutos de jogo. Cinco minutos mais tarde, foi Jairzinho quem fez a festa da torcida brasileira. Pelé foi lançado dentro da área e ajeitou de cabeça para o Furacão, que chegou na velocidade e tocou para o fundo do gol.
Para fechar o placar, já aos 41 minutos do segundo tempo, o Brasil foi às redes novamente. Pelé dominou na entrada da meia-lua e tocou para a direita, onde Carlos Alberto Torres chegou de trás e bateu cruzado com força, sacramentando a vitória da seleção brasileira, e garantindo o terceiro título da Copa do Mundo para o país.
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