Segunda-feira, 11 de dezembro de 2023.
Da Redação do lance.com.br - Escrito por Pedro Brandão, supervisionado por Luiz Cláudio Amaral
Adryelson não deve seguir no Botafogo em 2024 (Foto: Jorge Rodrigues/ Agif/Gazeta Press)
O ano do Botafogo terminou longe de atender as expectativas que o próprio time criou ao longo da temporada. A insatisfação dos torcedores com o elenco após deixar escapar o título do Brasileirão pode mexer consideravelmente no ambiente do clube e no planejamento da diretoria para o próximo ano. O mercado de transferências será um importante aliado do Botafogo para reforçar o time e recuperar a confiança da sua torcida.
Se o torcedor botafoguense soubesse no início do ano que terminaria o Campeonato Brasileiro com uma vaga na Pré-Libertadores, dificilmente acreditaria que estaria tão frustrado com o resultado. O ano do Alvinegro, que parecia estar sendo um sonho, terminou como um verdadeiro pesadelo por conta da expectativa que o próprio time criou.
A péssima sequência que fez o Botafogo perder o título levou junto a confiança da torcida e a credibilidade de jogadores que eram considerados referência no elenco. O capitão Marçal, Victor Cuesta, Marlon Freitas e Eduardo são alguns exemplos de jogadores que facilmente estariam dentro da seleção do primeiro turno do Brasileirão e agora são muito criticados por parte da torcida.
Além disso, o clube ainda precisa repor as saídas iminentes de Adryelson e Perri, dois jogadores que foram essenciais para a campanha histórica no primeiro turno. Ambos chegaram a ser convocados para a Seleção Brasileira por conta de suas atuações.
A
sequência negativa após a chegada de Bruno Lage e a oscilação de
alguns jogadores mostrou que, em alguns setores do campo, o Botafogo
não tinha substitutos à altura. A lesão de Tiquinho Soares deixou
esse fato muito claro. Diego Costa levou tempo para se adaptar e não
conseguiu entregar o que Tiquinho entregava logo de cara. Diego Costa é dúvida no Botafogo para o ano de 2024 (Foto: Vitor Silva/Botafogo)
A lateral direita sofreu um problema similar. Com a lesão de Rafael, o Botafogo precisou utilizar Di Plácido na posição, que até correspondeu por um período, mas logo irritou a torcida. Na reta final, com Tiago Nunes já no comando, Tchê Tchê chegou a fazer a lateral direita do time, deixando assim um espaço no meio-campo.
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Outro setor que acabou com uma improvisação no fim do campeonato foi a zaga. O volante Danilo Barbosa, um dos poucos que teve uma boa reta final de torneio, deixou de ser opção no meio-campo para atuar como zagueiro, ao lado de Adryelson e Cuesta.
Com a provável saída de Adryelson, a desconfiança do torcedor em Cuesta e a falta de opções no banco, a prioridade inicial no mercado não tem mistério. O Botafogo precisa de, no mínimo, um zagueiro com nível para ser titular. A presença de Gatito Fernández no elenco talvez não torne tão urgente a contratação de um goleiro. Mesmo assim, a diretoria precisa ficar atenta às oportunidades de mercado.
As duas laterais também são setores críticos, principalmente a direita. Di Plácido terminou o ano no banco e muito criticado pela torcida. Na lateral esquerda, Hugo, ainda muito jovem, não conseguiu "assumir a bronca" quando Marçal caiu de rendimento. Entre as duas posições, a urgência maior é na lateral direita.
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No meio-campo e ataque as situações são parecidas. Tchê Tchê, Danilo Barbosa, Gabriel Pires, Victor Sá, Júnior Santos, Eduardo e Tiquinho Soares viveram bons momentos durante a temporada e, apesar de oscilarem e serem criticados pela torcida, tendem a recuperar o bom futebol e serem úteis para o ano que vem.
Apesar disso, o clube precisa buscar opções que façam frente a esses jogadores e consigam disputar a titularidade. A famosa contratação "para compor elenco" não será suficiente para fazer o Botafogo brigar por títulos no ano que vem. Textor precisa estar atento às oportunidades no mercado e com disposição para abrir o bolso e investir em contratações de peso também para o setor de ataque do time.